A União Nacional dos Estudantes (UNE) é a voz da juventude brasileira. É uma das principais e mais antigas organizações do país, formadora de opinião e com uma mobilização decisiva nos momentos centrais da história do Brasil.
Atualmente, a UNE está sendo vítima de uma tentativa de silenciá-la com a instalação de uma CPI contra a entidade na Câmara dos Deputados.
Os responsáveis por esse ataque à UNE são os deputados Marco Feliciano (PSC-SP), criador da CPI e responsável por ataques aos Direitos Humanos no parlamento, Jair Bolsonaro (PP-RJ), defensor da ditadura militar no Brasil e o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afastado por corrupção e que manobrou para instalar o processo no Congresso.
Feliciano deu entrada no pedido de investigação sobre a UNE para tentar criminalizar as atividades educacionais e culturais da entidade, questionar a indenização legítima dos estudantes em razão da tortura e morte de seus integrantes e da destruição de seu prédio pela ditadura militar brasileira, assim como caçar a autonomia de organização estudantil e o direito à meia-entrada.
As razões desses ataques são claras. A UNE e o conjunto dos movimentos de juventude têm sido os principais opositores de iniciativas de Marco Feliciano, Jair Bolsonaro e de Eduardo Cunha que retiram direitos e comprometem garantias fundamentais como a educação, as liberdades individuais e os direitos dos trabalhadores.
Essa não é a primeira vez na história que tentam calar a UNE. Durante a ditadura militar a UNE foi uma das primeiras vítimas, tendo sua sede incendiada e dezenas de estudantes presos, torturados e mortos. Assim como em outras ocasiões durante a história, tentaram desmoralizar e destruir o movimento, sem sucesso.
Não será agora, por meio da vingança e do autoritarismo, que vão calar os estudantes.
A UNE seguirá ao lado da juventude e do Brasil.