A União Nacional dos Estudantes é um grande espaço da democracia no Brasil, representando os mais de 7 milhões de universitários e universitárias de norte a sul, de leste a oeste. Ao tentar calar a UNE, tentam calar todos esses jovens, os centros e diretórios acadêmicos, diretórios centrais dos estudantes, as atléticas, as empresas juniores, os grupos religiosos, coletivos de cultura, mulheres, negros, comunicação e tantos outros que se organizam em todos os 26 Estados e o Distrito Federal.
Na UNE estão jovens identificados com todas as ideologias políticas, filiados a todos os partidos além de uma maioria sem participar de partido nenhum. Na UNE estão homens e mulheres, brancos, negros, índios, LGBT, filhos das famílias ricas e também milhões das famílias pobres, que chegaram à universidade nos últimos anos por meio de programas como o Prouni, o Fies e as cotas.
Entre as principais vitórias obtidas pela UNE recentemente estão a aprovação do Plano Nacional de Educação, obrigando a aplicação de 10% do PIB do país para esse setor; a aprovação do Estatuto da Juventude; a reserva de vagas nas Universidades; e a regulamentação da meia-entrada em todo território nacional.
Para se ter uma ideia do tamanho e importância da UNE, só em seu último Congresso (Conune), que aconteceu em junho de 2015, em Goiânia (GO), foram mobilizados mais de 2 milhões de estudantes de todo país, que elegeram 6.452 delegados (em dez dias foram mais de 900 eleições), de mais de 500 universidades de todos os Estados e Distrito Federal.
A UNE promove, além do Congresso, Bienais de Arte e Cultura, Conselhos de Entidades como DAs, CAs, DCEs e Executivos de Cursos, passeatas, atos públicos e culturais.
Não vão calar os estudantes porque a UNE é do tamanho do Brasil.